segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Prazer em conhecer-te
Sou o céu e longe
Estou de ser teu salvador.

Conheço a terra e o mar
Conheço o sol e o ar
Mas não te conheço a ti
Alma perdida por entre tantas.

Quem és tu então,
Pobre alma que me invoca?
Estás sozinha?
Sentes vazio?
Queres companhia?

Esqueceste a vida
Em ti, estás fria e irreconhecível
Para ti.

O mundo está quente
Das lâmpadas e do fumo
Mas frio de alma.
Compreendo então seres
Destemida ao ponto
De me evocar.

Já tantos me evocaram
E eu não os recebi
Por sua aura não sincera
E sua boca seca.

Mas em ti reconheço
Haver um poder
Que nem eu próprio
Sei identificar.

Como és então alma de florescimento
Entende que minha simples voz
Contém em si
Um carácter curador
Por entre as veias, artérias e sangues
Dessas almas doentes
Que habitam no chão.

Estás quente mas sozinha
Pobre alma que dissipa energia superior
Ao se manter em espaços opressores.

Ninguém diz ou entende
Mas o começo é principal ao fim.

Julga-te então inevitávelmente
Capaz de chorar e rir, cantar e andar
Pois o som da vida está em caminhar.

O sangue que passa e distribui energia
Por teu corpo é forte e fraco
Frio e quente
Simultâneamente,
Aí está o teu ganho
És existente!

Nem bom, nem mau,
Nem sim, nem não,
És somente e isso
Te faz ser
Crucialmente.

Respira a alma do mundo puro
E expira o negro
De ti pois o teu coração
Tem de fluir o sangue
Que te vibra na mente.

Salta então para o precipício
Da vida e lembra-te
Que mais não é que o inverso da morte.

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