quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Uma estrada
Que começa e alcança
Uma luz longincua
Que me incapacita
De continuar uma
Calçada plana e desconhecida.

Qual é a ideia
De continuar algo
Que está perdido?
Como alcançar algo
Por um caminho que
Não é aquele que sobe?

É desconhecido.
É desconhecido todo este ser que é
Meu e talvez até teu,
Evapora-se e se expande
Absorvendo tudo o que
De longe esconde o ser
Que é e não é
Ou porque é e não é.

Qual é então a ideia de
Ser quem se é, se se é
Naturalmente
Uma consequência do que se foi?

Caminhando pelo obscuro
Caminho da consciência,
Fervo comunhões fenomenais
De histórias passadas
Que já não são histórias
Que eram de outras,
Historias que eram histórias de outros.

Longe,
Longe ser eu
Que fui,
Era mentira baseada
Que foi encontrada com lágrimas nos olhos.

Castanhas, cerejas que transbordam seres.
Castanhas que vampirizam
Tudo o que se aproxima de mim
Mentiras fortes
E agressivas que perturbam
O meu consciente
Descontraido e inocente.
Uma certeza oculta
Que se apresenta
Agora á minha frente.

Uma ideia que eu era
Um sentimento de ser alguém.

Qualquer coisa de conhecido
Mas que se evaporou
No desconhecido
Terreno do sub-consciente.

Controlei o parecer
E justifiquei minha
Existência com um
Rótulo minoritário.

Choveram ideias e possibilidades
Correram coisas estranhas
Pelos ideais voantes da
Minha mente criativa.

O obscuro sentimento da vida.

A maravilhosa possibilidade da vida.
Sujeito á discórdia
E á confusão
Isola-se no seu quarto.

Fica pensando como seria,
Prefere assim.

A possibilidade é-lhe
Mais natural que a realidade.
Seguirte-ás pelos confins
Da miserável possibilidade
De existência?
Conseguirás aguentar
A angústia da solidão
Para então seres digno de ser alguém?
Espero que sim
Pois todos os dias te ponho á prova
Para que consigas essa tal existência
Que tanto ambicionas.
São altos e escuros,
São secos e mudos,
Imponentes e inexistentes
Insensiveis e pretensiosos
Da sua só dimensão.

Falo destes prédios que se afirmam ao meu redor.
Sabes tu muito bem
Que a consciência da tua utilidade actual
Depende da confiança afectiva que há em teu redor.

Sangue meu que já foi
Forte e viril hoje
Julga-se fraco e em estado de hibernação.

Caminha em mim uma sabedoria
Que me pesa muito e me condena
A uma vida carregada de emoção sujeita
A um diagnóstico de aprovação intelectual.

Conhecida a jornada pelo caminho da força
Depois o caminho da depressão
Conjugados os dois tornas-te homem
Meu irmão.

Sangue inocente e imprudente
Renasce fortemente em sangue
Coerente e subsistente
Que inevitávelmente
Atropela quem desnecessáriamente
Eleva barreiras e portões
E paredes para não me
Deixar passar.
A mim?
Coitados...não me querem deixar passar...
Mas eu tenho de existir
Meus queridos entes
Despreziveis que com preguiça
Não se deixaram chegar
Ao meu estado
De plena existência
Que obriga a qualquer
Momento em que se
Respira, cada palpitar de célula
É uma afirmação
De consciência individual
Que não se pode parar
Por claramente não haver
Razão para parar.
A mim, que sou eu,
Que sou um que pelo que sei estou vivo
Só desta vez e dizem-me
Vocês para ser mais
Civilizado, mais educado
Mais normal, mais triste e mediocre
Como todos vós.
Meus queridos entes que estão mortos
Vivendo de sangue desnecessário
Usando-o com total
Despreso pela enorme possibilidade
De existência individual
Que está em vossas mãos
E coração e pulmões.

Quem sou eu?

Sou uma brisa natural
Não me canso de o dizer.
Resquicios de ser
Quem era e jamais
O que sou.

Medo de ser meu
Ser frágil e abatido
Vontade de conquistar
O mundo.

O afastamento de ser
Quem era, de ser
Quem era quando nasci.

Obscura performance
Sucessiva, duma
Procura intensa duma
Maneira de me levar
Para todos os ideais
Que entraram na minha
Cabeça por pessoas
Por livros ou informação.

Ter sido tudo
Isto ao mesmo tempo
Não tendo senão
Isto onde me agarrar.

Fui tantas coisas sem ter
Sido nada na verdade.

Fugindo de mim
Estava fugindo de mim.

(Para quê?

Para me encontrar hoje
Com toda a força e informação
Sobre-humana que o
Meu alter-ego conseguiu reunir
Para me poder sentir agora
Estando a ser eu
Com toda essa força
E sabedoria reunidas
Apartir do limiar da loucura
Do meu belo e ambicioso
Alter-ego.

Agradeço-te meu querido alter-ego.)
Quem é então esse ser
Que se afirma em mim?
É um ser constante que existe em mim.

Há qualquer coisa que
Caminha em mim
Uma voz que por vezes
Grita alto e sai de mim
Uma voz que está cá dentro e
Sai e sai por vezes
Louca responsabilizando-me
A mim por ela.

Uma voz que é minha
Que é daí,
Que é qualquer coisa que não
Entendo,
Qualquer coisa que existe por mim
Mas independente de mim.

É qualquer coisa
Que não sou bem eu,
É qualquer coisa que é,
Que são coisas que existem em mim
E não as posso controlar
Têm elas de existir.

Não posso reprimir
O grito senão
Morro de masturbação.

É qualquer coisa que existe
Dentro de mim.
Portas se entravam
E se esquivam
Do meu olhar
Caminhos por percorrer
Tantos que não me
Encontro em nenhum
Tanta vontade,
Tanta energia,
Tanta repressão e desistência.

As ruínas vão caindo
Lá vai passando o tempo
Em que elas geriam o meu ser.

A areia do vento do tempo
As desgastou e já não
Havia ecónomia para as
Reerguer.

Cansado da luta de as ver
Desaparecer , esforcei
O caminho de as deixar
De ver mas elas
Lá se mantêm no meu olhar.

Ruinas do meu ser
Estão lá e aqui
Quanto mais as não
Desejo ver.

Quem me dera renascer
E as reerguer ou
Pelo menos com a
Força dos novos ventos
As destruir por completo
Para criar novas e belas
Catedrais em honra de
Meu ser da minha vida
E da vida em si.

Fui outro até hoje talvez.

Fui outro sem o saber.

Despresei meu ser
Sendo outro,
Criei um novo para
O converter em algo
Que não meu de essência.

Deixei assim o meu
Castelo sujo e feio
De poeira e de tudo
O que não era dele
Naturalmente pendendo por
Ele acima como parasita
Que não pertence e fica.

A minha vida é esta
Ou foi esta.
Haverá uma nova?

É que da noite nasce
A luz da lua que
Me ilumina melhor
Por dentro que o sol
Que me afasta de mim mesmo.
Obscuras cobras da solidão
De um ser magoado
Que vai ás trevas
Colher informação
Ressequida a estado puro
Para informar seu mestre
Do percurso que já se fez
E o que os deuses antigos
Dizem sobre o
Passado do seu individuo.


Plantações imensas de flores de todas as cores.
Essas plantações que são
Desconhecidas ao próprio
Vê-as muitas vezes
Quem o ama naturalmente.

Tudo o que se é,
Está por se fazer nascer nessa plantação
E só quando dela se sabe,
Se pode chorar
Para cima
Para que nasça então uma nova cultura
Nesse extenso virgem terreno.
O silêncio e a isolação
Mostram quem realmente és
E se te aguentas sozinho
És deus e aí terás que
Contribuir para o mundo
Com a tua magnífica existência.

Quem vê o vazio sabe
Do recheio que é falso
E o qual é verdadeiro.
Triste ser aquele que
Não vê a maravilha
Da vida sendo ela o que é
E estando tu sozinho no mundo.

Onde está o medo?
Onde está a tristeza?
Essa não a há onde eu existo.

Podem meus queridos concidadãos
Dizer que sou infeliz que estou deprimido
E o estou concerteza
Mas essa é uma perspectiva,
A perspectiva
Do mundo cultural e actual que vivemos
Que claro está
Estará longe da realidade sobrenatural
Que é o que é verdadeiramente real
A meu ver.

Parece que as pessoas não entendem a extrema possibilidade de existência
Que cada uma tem.

Quando acordas não podes voltar a dormir.
Noites escuras de incompreensão
Incapazes de se libertarem
Me fustigam a energia
Exigindo dela
A constante de inércia
Que ou leva á vida
Ou leva á morte.

Qual a culpa de mim em tudo isto?

Obscuras exigências e o preso do mundo estagnado.
A emoção presa por teias de aranhas morais
E tradicionais e repressões hereditárias.

Donde terá vindo este meu sangue
Que consumo para pensar?

Raiva minha será minha
Ou será mais uma raiva de não ter raiva?


Pirilampos aqui?
Que estranho
Nunca pensei os havistar por aqui.

Fundem-se com o meio ambiente
Luzes fulminantes
E tectos altos cobrem
A verdadeira densidade
Do espaço formando-o
Em algo tangivel ao pensamento embrutecedoramente
Sóbrio do comum dos mortais
Da nossa espécie.

Qual é então o fim da procura?

Já que não a havisto
Não a presumo
Penso sim que o amor
Pode ser uma espécie de fim para mim,
Um resignar
Um querer desistir da luta
Um já que se tem o que se quer na realidade palpável.
Noite que eu sou
Noite que sempre fui
Filho da noite
Da solidão e do silêncio.

Tanto que me tornei
Insensível e cínico em
Relação ao mundo.

Tanto que já não
Acredito naquele sentimento
Que chocalha o corpo.

Parece-me ele também falso e fútil
Já que o já tive e
Não durou, sofri
E é chato sofrer(tanto) assim.

A distância que afastou-me
De todos,
Afastou-me do passado,
Obrigando-me a idealizá-lo
Para que me substitui-se o presente.

Cresceu tanto essa idealização
Que já nem nada tem de
Verdadeiro e só me comeu
A juventude do presente.

A juventude de crer viver
E acreditar de novo.
Acreditar que poderia
Funcionar e não acabar
Com a distância.

É o passado, é o presente
É talvez até a minha
Vida futuramente.

Uma noite bela e
Sossegada com a luz
Do sol a se
Reflectir plena e
Majestosamente na pequena
E esburacada lua.
Fugitivo filho
De não sei quem
Talvez dum complexo sentimento.

Apesar de pequena, aquela coisa
Que me fez nascer
É a qual eu obedeço
E me obriga a ter fé em.

Um riacho que de pequeno foi desaguar
Num belo e extenso
Rio verde e tropical
Que me junta a ele
Num conjunto de almas
Que se debatem em tentar existir.

Quem há que voltar a ser?
Só tu mesmo novamente
Meu querido.
Evaporaram-se
Os seres de outrora
Os deuses desapareceram
E só existo eu.

Caminhando descalço pela
Estrada daquilo que
Parece ser a minha vida,
A minha mente está rodeada
De fulminantes e pirilampos,
Os meus pés gastos
Gastos de usados
Usados porque são feitos
De pele fraca e frágil,
Acontece que caminhei.

Corpo magro, mente gorda
Deteriora-se um pouco da saúde
Para explodir em constante
Loucura criativa produtiva.

Caminho o caminho que me leva a algum sitio.
Desesperada a procura eterna,
Esclarece-se então
Finalmente a cor da realidade
Sem repressão, sem autoridade
Só o sabor da individualidade e o
Sabor da existência
A estenderem-se por tentáculos imensos
Tocando em coisas,
Em pessoas, em animais,
Em tudo o que existe,
Eu existo.

Bela vida esta.
Descubro o norte
A bater com a
Cabeça nas paredes
Não paro enquanto
Ela não entra numa
Porta não admito
Considero-o assim
Inevitável á minha
Procura insanciável
Pelo meu sonho
Meu desejo minha
Projecção futuristica
Da minha vida futura
Que se aprova e solidifica com
A dor e tristeza,
Criando assim uma
Ode do percurso da
Minha santa vida
Até á grande estátua
Universal da morte.
Criando eu algo que me está
Inerente como a escrita
O peso da existência intelectual
E o conflito com o que é
E não é de meus sonhos,
Minhas ideias e o som do mar
E a luz do luar
Em discussão com luzes feitas
Para iluminar mais
Que a lua ilumina a praia e o mar.

E agora o céu
Chora aos poucos
Muito pouco para não me esturvar
A escrita ao ar livre.

Esperemos que assim fique.

Exemplar manifesto
De quem manda e
Resignar inevitável
De quem obedece.
A luta entre um homem
E uma massiva nuvem
Debate-se agora e será ela(a nuvem)
Que decidirá meu futuro.


Parece estar a chuviscar mais
Mas resisto á tentação de me abrigar
Pode ser que ela pare
E me deixe continuar
Meu pensamento, minha escrita.


Sempre a questão da auto-destruição
Mas a questão é que eu vivo da
Minha mente e a ela
Obedeço,
O corpo que venha comigo
Pois eu tenho de ir.

Sim sou um bocado alcoólico hoje em dia.

A chuva venceu,
Fui para debaixo de algo.
Conhecendo algo fugitivo da sua condição de camponês num mundo globalizado
Foge da sua possibilidade de ser ser humano
Com calma para se tornar num forte ser fugitivo
Da sua própria realidade.

Confusão interior de sentimentos
Exigências mil e possibilidades tantas!
Há ainda esperança,
Ai essa não morre
Tem dias em baixo
Mas tem-se de viver!

As pessoas correm de um lado para o outro
Fingindo ter uma vida
E tu parado a olhar
Tocando bossa nova
Na minha guitarra,
Mas que maravilha!

“vou para frança, há mais trabalho lá.”
Me dizes.
Apesar de dizeres que vives perto de st apolonia
Acredito seres mais um daqueles
Que não têm “tecto.”

Livre possibilitado da vida de miserável
Que de nada tem de miserável.
Procura um tecto seja ele qual for
Se o for em forma de sentimento, de ideal, de missão melhor ainda!

Que venha uma dose diária de loucura
Para se aguentar o cansaço e a tristeza.

Imagino-te nas escadas da estação de
Santa apolónia é isso, vives lá!
Há tantos lá a viver assim.
Vão até lá distribuir comida e agasalhos todos os dias.

Mas a vida continua dificil
Um homem não deve necessitar
Da caridade dos outros,
Reduz-lo á condição
De inferior, de necessitado.

Silêncio nas vozes que me rodeiam
São todos iguais,
Penso termos isso em comum,
Vejo-te a pensares isso.

Tão afastado mas tão perto te sinto
Da minha condição mental,
Pois sabes,
Eu sou também um fugitivo,
Mas pior que tu
Tenho de me fingir centrado
Para com os que me rodeiam.

Prazer em conhecer-te
É sempre um prazer.

Seres que lutam por uma vida
Que não lhes era destinada,
Seres que se elevam da condição de ser humano
Para ser controlador do seu próprio corpo e mente,
Têm uma meta á frente
Algo que diz para continuar.

Vamos a isso
O obscuro real que nos rodeia
Não é mais que um filme a rodar numa parede que não é a nossa
Pois como te lembras
Somos os dois uns “sem-tecto”.
Comando prósperos
Intercepta a linha de batalha
Entre os dois deuses que remam esta grande máquina
Que um dia morrerá como todos
Os outros seres que vivem.

Um dos deuses
Foi diminuido ao estado de civilizado
E educado pelas circunstâncias actuais do seu tempo
O outro deus é um deus
Que se encontra acorrentado e fechado numa cela
Donde raramente tem o prazer de sair.

O sangue gera os dois,
Os dois vivem
Juntos mas como que
Separados por uma cortina
Que se mantem
Firma e tensa para
O contacto não ser intenso
Nem furtivo.
Desiquilibraria mundos
E universos dentro deste corpo.
Coisas que existem
Mas não subsistem
Transformam-se em novas coisas.

Coisas que são plenamente agora
Mas jamais a certeza
Se tem se se mantêm
Como tal num amanhã possivel.

Coisas que sou.
Aquele caminhou
Pela escuridão
E tropeçou na confusão de existir.

Sendo ele quem é,
Esteja ele em pé ou
No coração do chão,
Sua alma se eleva
Do demónio da
Passividade
Gritando alto esteja
Forte ou fraco ou
Triste e contente
Há lá o grito
Constante selvagem
De vida por viver.

Sei que o caminho que tenho é para fazer.
Acordar é um tormento provisório
Que logo acaba quando vejo
Que há além de mim.
Quem é aquele
Que procura e não encontra?
É aquele que procura fora dele
E não o que sabe o que tem e procura
O que maximiza essas mesmas forças.
Quem me procura nunca me
Encontrará.
Eu é que procuro e por vezes encontro.
É um tempo que proclama
Evidencia individual
Caminho pelos olhos da actualidade.

Eu sou e sou e sou
Sem fim até ao fim, mais
Vale só que mal acompanhado
E está-se bem assim,
É uma fase eu sei e daí
Eu levar isto tudo da minha vida
Como se tivesse que fluir para que eu seja alguém.
Abaixo os portões
Da casa assombrada,
Ela será minha agora
E os fantasmas
Meus conhecidos verão a luz do dia
Recriar o que eu sou
E a realidade que
Se instala ao meu redor.


Por vezes pondero
Senão será mentira
Tudo o que dizem
Os seres humanos que
Me surgem pelo caminho
Mas verdade seja dita
Que o que penso,
O que sonho será
Provavelmente
Mais produtivo
E exemplar que
A minha existência secular.


Vêm ventos do mar e as ondas proliferam
Na sua existencia
Constante e querida
A olhos naturais
E coração adjacente
Peculiarmente feito
Para enriquecer quem
O tem e sente.

Palavras soltas absorvem
O meu presente e
Fazem-no flutuar
Com o mundo á frente,
São palavras,
Só palavras, mas juntas
Podem criar um ideal,
Uma bomba ou uma religião,
Só palavras, só palavras.
A vida moderna só tem sentido se se explorar
Toda e qualquer existência.

Tanta coisa maravilhosa neste mundo.


Despir a pele que te fataliza ao espaço
E nascer num ser nu de passado pegajoso
E só abraçar aquele que se quer
E abrir caminho com a mão dáda
A si mesmo,
O mundo é e tem se ser belo.
A felicidade.
Essa que julguei
Ser a grande questão
E me punha dentro
Da carapaça da minha mente
Escondendo-me do
Presente não feliz.

Pois era o que eu pensava,
Não sabia nem sei lidar
Com a felicidade ela
Me é pouco produtiva
É-me estranha nesse
Seu estado puro.

As mulheres que
Já me tiveram mais
Perto,
A maioria queria
A felicidade de não
Ter de resolver
Nada e de estar tudo bem.

Eu sempre admirei isso nelas
Mas hoje compreendo
Que felicidade não
É para mim
Eu sou quem sou
E gosto francamente
De o ser.

Antes queria me
Converter á felicidade
Hoje sei que o
Meu caminho não é
Esse mas gosto dele
E de ver pessoas com ele.

Eu gosto de pensar
Gosto de ter problemas
Para os resolver,
Gosto de tentar e ser
Não quero parar e ser feliz
Pois sinto que é tempo
A perder.

Tenho conclusões onde chegar,
Tenho vida para intelectualizar
E compreender
Mas acima de tudo ser tudo,
Pensando em tudo
E ter o mundo todo bem
Comprimido e arrumado
E desarrumado no meu cérebro.

Quem de longe não se sente perto não
Irá entender este meu raciocinio
Mas hoje sei que sou
Este ser
Multi-cultural e multi-tudo
Isto para dizer que
Me sinto universal.
Há almas que já mortas
Vivem em mim
Por seu legado artistico
Ou de vida simplesmente.

Tenho em mim
Um mundo inteiro de desenvolvimento,
Sou a raça humana
Na sua manifestação mais
Abrangente e quero sê-lo.