quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Uma estrada
Que começa e alcança
Uma luz longincua
Que me incapacita
De continuar uma
Calçada plana e desconhecida.

Qual é a ideia
De continuar algo
Que está perdido?
Como alcançar algo
Por um caminho que
Não é aquele que sobe?

É desconhecido.
É desconhecido todo este ser que é
Meu e talvez até teu,
Evapora-se e se expande
Absorvendo tudo o que
De longe esconde o ser
Que é e não é
Ou porque é e não é.

Qual é então a ideia de
Ser quem se é, se se é
Naturalmente
Uma consequência do que se foi?

Caminhando pelo obscuro
Caminho da consciência,
Fervo comunhões fenomenais
De histórias passadas
Que já não são histórias
Que eram de outras,
Historias que eram histórias de outros.

Longe,
Longe ser eu
Que fui,
Era mentira baseada
Que foi encontrada com lágrimas nos olhos.

Castanhas, cerejas que transbordam seres.
Castanhas que vampirizam
Tudo o que se aproxima de mim
Mentiras fortes
E agressivas que perturbam
O meu consciente
Descontraido e inocente.

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