domingo, 9 de setembro de 2012


Encontro ao certo.

Tempo feito cordilheiras imensas.

Não volto atrás.

Atrás existe dentro de mim
Como se não tivesse
Continuado para aqui.

Só não conheço o futuro,
O amanhã.

E por mais que por vezes o não mais conceba hoje
Ele existir-me-á perfeitamente.

Tenho agora o dom
De me saber sozinho.

Caminho comigo
E assim a vida
Largada dos demais
Parece-me isso: largada demais.

Não censuro
Porque tenho a tolerância
De admitir que os até admiro,
Porque fazem algo
Que me foi privado,
Por mim, pela vida, pelos outros.

Aceito e vivo com isso,
Querendo um tanto mas não tudo.

Já não tenho pena que as coisas sejam como são
Pois sabendo como são posso-as perfeitamente contornar.

Deixo a vida plenamente fluir
Não fluindo eu com ela.

Ela precisa de quem a olhe com carinho
Quem a presencie sem destino.

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