segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Arte ao perigo de ser.


Rasgar as cercas do prazer
E querer além delas
Prejuízo da morte,
Glória à vida!

Embarco na nova filosofia
E reinvento loucura
Pela forma do em tudo acreditar.

Palavras dúbias de significado
E crescimento alado.

Figuro-te em mim
E dos dois
Revigoro-me Deus da existência.

Potencial persistência
Pelo ideal de amar
Não uma mas umas.

Filantropia sepulcral!
E o olhar da viúva
Ser olho aberto
Para o infinito.

Renovo a vida ao ser
E que se foda a vida actual!

Vive tudo morto
Porque tiveram medo de morrer.
Eu vivo o sonho em vida
Porque me matei quando era meu tempo.

Inauguro agora
Da sombra,
A luz da vela:
Retorno à pré-história!
E concorro à ordem universal,
Vida eterna.

Tão pequena a vida moderna,
Tão inerte.

E não tenho
Com quem falar e
Não tenho com quem sorrir
Este amor pela vida!

Os meus grandes amigos,
Que nunca conheci,
Já morreram e vejo-os sempre
E sempre que posso
No youtube e na internet.

A minha vida é o oposto dela
E daí me resolvo
Buraco negro
Que brilha e cria
E cientificamente significa deus.

Profetas e sábios
De todos os tempos,
Parece que me junto a eles
Ou então sou só
Uma pila mirrada
Em sombra de vagina molhada.

Que se foda
Se o que faço é mentira
E os vossos números a verdade.

Vou além pois
Sei que não há fim.

A vida é tão bela
E não há hoje quem
A sorria por mim.

Eu tenho que ser eu.

Pelo menos até chegar outra por onde me…

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