Eu não existo dentro de mim.
Se existisse não precisaria de tanto espaço
Exterior a mim.
Fujo do corpo acho.
Fujo deste espaço fatal
Tentando ser o impossível de mais e mais crer
Que de tanto,
Tranquilo, já não mais quer.
Não é caminho…
É algo que me presto
E não encontro
Pois meta minha é a procura.
Não consigo bem escrever
Embora sinta-me prestes
A disso explodir!
Quero dizer algo
Mas pode esse algo não ser possível
De dizer por palavras ou pensamento
Antes a me só acção
Fruto de uma qualquer tentativa
De comunhão
Com mundo este.
Queria espalhar amor
E agora de barulho humano
Fico sombra,
Redobrando esse desejo
Em duplicado negativo.
Enfim, se sozinho
Nascia amarelo de mim,
Assim, só cinzento e talvez até negro.
Mas não queria…
É o cansaço mal dormido,
Tempo não reconhecido.
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