Parece que é sexta-feira santa, tão longe…
Que ninguém se lembra.
Demora-se no café, esplanada,
Come-se de família,
Vê-se filmes em casa em modo sozinho,
Vomita-se a ansiedade em incomunhão, incompreensão…
Sexta-feira santa…qual? Esta?
Creio que não, que pouco tem esta de santa
Mantém-se igual a qualquer outra.
Estranho esta coisa de ainda
Sermos uma civilização
Com ligação à religião
E parecer não haver nenhum qualquer Deus
Na nossa informação, movimentação…
Há trabalho, dinheiro, família,
Casa, futebol, pobreza, desgraça,
Acidentes de viação e crise económica
Mas Deus, não…
“Ele” ainda nos dá estes feriados
E a isso lhe estamos, ainda, inteiramente gratos,
Mas aparecer e connosco estar, falar, não.
Parece que Deus não existe aqui…
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