Em arte o peso é outro. É preciso se restringir a si e
reconhecer que se não tem fim pensando. A ordem não vê horizonte mas sabe o
infinito e com isto o artista vai além de si, buscar os princípios que o levam
a contemplar este estado de espírito em férrea vida física. Como se pode falar
de deus se o se não viu ou vê? Ora, mas se O se sente… Vá lá. Deus existe, de
uma ou de outra maneira, e ele é somente a constante e nunca reversa criação. O
que se cria jamais se pode destruir. Quando se cria algo as ondas deste mundo,
e dos outros, se logo familiarizam com tal. Podem não a conhecer por ser “nova”
mas sempre vem de algo, não é verdade? É filha, prima ou afilhada de já algo
que existe. Tudo continua . TUDO. Até a vida mais mísera que vislumbra
esperança, consegue abrir porta para o depois de morta. A loucura é a saída
para quem demais deseja a vida. Não há nada que a possa matar. Se se pode matar
a vida, é só porque quem a tem não a merece. Há além. E essa é uma certeza
minha. É nova, tem uns meses, mas é verídica porque a sinto. Tudo o que se
sente existe pela simples razão de que se dela tem consciência e vai além do
“senão” alheio.
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