Feira de internacionalidades, fundo aprumo em socialidade. Em
compasso de tempo vou reagindo às palavras que se me não dirigem, digerindo-as
em conclusões instantâneas que renovam um outro ser a ser. Pentagramas de uma
espiritualidade passada enganam quem olha com pressa e as asas dos do chão
olham danadas as pedras que se arrastam, esperando apenas pelos semáforos. Houve
um tempo de dogma ou tabu, concluindo-se nisto que hoje é tempo de tudo que
reflecte o nada que se tornaram nossos impulsos a deus, isto é, impulsos
orgânicos, tanto de violência, amor ou sexuais. Vive-se certamente um niilismo
decadente que consome tudo em frente e quem olha para trás se logo atrasa e
tropeça na hedionda incaracterização que se tornou sua vida. Em parte, para a
compreender, tenho que me entorpecer nas engrenagens do sistema. Mas
compreendido o aviso logo se me acalma o espírito sabendo-se infinito. A vida
também tem direito à morte, ao descanso. Talvez ela queira morrer, não sei, ela
é um deus, eu um mero humano. Contactam-se vigílias nocturnas para saber da
delinquência que elas mesmas trazem. Falam-se a entes queridos esquecendo-se o
afecto por eles pois o esforço os ultrapassa. São guerras e mais guerras que
atravessam o mundo diariamente, constantemente. E continuamos na sombra desse
sol de verdade, sorrindo-nos perdidos, fingindo a vida pois ela se quer
sofrida. Foram tempos e tempos foram. O chão que se pisa é como virtual, e o
além da internet ou dos filmes em 3D parece tão mais convincente. Amanhã
logrará o tempo do encontro, até lá vou sorrindo a isto, porque na verdade
ainda é, a cima de tudo, vida, a minha vida.
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