Enquanto as flores brotem
Eu brotarei!
Fogo de asas de garganta alta.
O azul do céu
Não é nada
Ao meu violeta florescente!
Congratulo a águia,
Minha amiga,
E santo o dia
Em que parti desconhecido
Rumo ao conhecido desejo meu.
Há trevas por aqui.
Trevas densas que
Apesar de sorrirem
É sempre, ou quase,
Um sorriso pobrinho.
Adiante!
O Além me chama!
Conversas com deus
(Que sou eu dividido)
Viram-me para o cosmos inteiro.
Será que me ouves ó Neptuno?
Plutão, tu, apesar de mais longe,
Sei que me escutas a cada instante o coração.
Afinal, não sou eu escorpião?
Vou queimar as memórias de papel
E inaugurar o presente limpo e imaterial.
Renascer dos frutos incompreendidos
Pois distanciados do antigo meu eu.
Lembram-me “Elas”
O meu desígnio.
Ser mãe de tudo isto
E pai Delas todas!
Tem-se de esticar a vida
Quando ela, escassa,
Se revolta à nossa racional consciência.
A técnica é outra hoje.
Sem comentários:
Enviar um comentário