segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A luz é amarela
A do café
É bela ela
A luz.

Sem ela era tudo
Escuro
Se de noite
E ela foi criada
Para iluminar
E mostrar a vida
Essa luz.
Sim,
Essa mesma luz
Que acendes com despreso
Mostra-te o mundo.
Esse é belo se
Com luz,
A luz mostra
Tudo
Não se limita
A mostrar o bom
Mas tudo
A luz.

Ai a luz essa que mostra!
Que horror
Não quero ver!

Onde estou?
Careço de amor
E não o vejo por aqui,
Só nos outros
Que têm essa arte de se darem.

Jogo os dados
Do destino
E só me aparecem
Mais desafios
E conflitos
Para provar
Aos outros e a mim (mesmo)
Do que sou capaz.

Jogo a vida hoje
Sem brilho,
So como dever,
Como aprender,
Como ver,
O que será possível?
Até onde, até quando?

Sim é que a luz
Mostra tudo
Não só um pouco.
Essa mesma luz que maravilha
Pode angustiar
Ou parecer baça a quem
Já não conhece
O vermelho da vida.

Joguei a carta
Da isolação activa
A vida não é bem minha...
O que é ter uma vida activa
E generosa
A nível afectuoso
E sexual?
Já não sei...

Caminhei na rua escura
Da vida
Com uma ou outra
Porta sorridente,
E cheia de luz lá dentro,
Mas não ousei entrar
De há pouco tempo
Ter saído duma porta
Cristalina imponente.

Fiz mal o percurso
Posterior.

Há que começar de novo!

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