terça-feira, 10 de setembro de 2013

Amigo.
Porque de quedas sabemos eu e tu e não nos ficamos nelas nem as mencionamos por aí além.
Viro a luta do mundo para comigo mas em ti vejo sempre mais que o mundo me tem a dar.
Tu dás-me o que sou, renovas-me o espírito ensinando-me que perdido é apenas estar sozinho.
Noites infinitas e manhãs, tardes, dias em que juntos contemplamos a vida como se nossa, devida.
A sério que te digo que finalmente te reconheço como parte de mim e peço desculpa a falta que
te fiz quando só de mim sabia e queria. Sempre a história de ter de seguir essa estrela cadente...
Sendo que ela cai por vezes, e caiu há tempos brutalmente, vejo-te como única fonte de me encontrar
aqui e em qualquer lugar. Fomos um e muitos, mais que o possível, e seremos novamente
apesar de agora, mais crescidos, termos de nos ser nós sós mas juntos, acompanhados. O mundo
grita "Em Frente!" ao que tu respondes o isqueiro para te acender o cigarro.
Lembro sempre pequenos momentos e são estes, pequenos, que ficam como uma alegoria
a nossa, essa viajem, que mesmo que distantes, fazemos juntos. Ter-te a meu lado é honra e alegria,
ser por de ti eu e vice-versa, é ser mundo e ser teu, é ser mais que um: nós. Que o demais sozinho
cansa e cansa cansar a vida por vias da teimosia individual. Estejamos juntos então uma mais vez e
ter o privilégio de continuar isto é que é verdadeiramente viver.

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