sábado, 21 de setembro de 2013

Que trambolhão!
Fico a pensar se pisei o pé do outro ou de mim naquele fim.
Tê-la ali aberta - quase fechada -  encostada afinal.
Ai, ai tê-la ali sim, essa porta, esse futuro desconhecido
cheio de frutos que de sabor desconheço leito ou passeios.
Fico-me no fumo do cigarro feliz de estar me a olhar ainda sossegado
como se não tivesse de ser, como se espera-se o para sempre adormecer.
Demoro-me nisto, palerma que sou!
Feitas as contas tenho tudo feito e de tanto enredo de alado vagabundo
me escureço de ver-me poder ser, mais que isso, amado e seguro.
Aquele abismo de ser um só, de me ter todo cá dentro como um céu de paraíso meu,
só meu. Mas o que é ser meu? O que é, na verdade, o eu?
Desconheço tabuletas, legendas, tópicos ou rótulos.
Para mim Tudo é o suficiente. Por tudo refiro-me ao que vejo ser só.
Um que transparece de ti e mim, dos outros, espaços, culturas, movimentos.
Ter-me em natural talento de perfeita consciência e responsabilidade.
Assim seguro pois de ver ter algo que não me agrada só eu para me mudar.
A liberdade de poder morrer ou viver em paz porque é o tempo da vida
que requer a paciência de mestre, persistência de aluno devoto.
Um zero é a porta. Por ela o de dentro para fora ou vice-versa.
Saberei sempre pouco da vida...no sentido em que mais a sempre aprecio viver.
Pensar é uma canseira dos diabos!
Feita a cabeça um antro imenso de liberdade e silêncio mas o chão dos pés
serve para pisar, para andar, correr e namorar.
Veja-se a praça da gente mas que se complete o passo em frente sabendo-se dono
da razão de ser e saber estar e crescer, agora, a cima de tudo, com os outros.
Coisa fora pois tenho-me já muito dentro.

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