quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Deixar os doentes com a doença.
Ser são, se o se for de origem,
Com honra de guerreiro antigo.

Ser são é saber o que se tem,
E o que não nos é próprio, não nos pertence.

E pouco é o que se pertence
Quando se é são,
Resume-se à vontade,
Atrás dela vai o corpo e toda a mente.

Que o ser são é o mais precioso dos seres,
Porque não se defende mas se esconde,
Não ataca mas sabe,
Não olha mas vê.

O ser mais precioso,
Pois sabe que tudo do mundo
Se resume a si mesmo
E se sua beleza brota do fundo de si
O mundo sempre o reflecte.

O ser são é aquele que não pede mas consegue,
Não por fruto da fala mas do olhar.

O ser são é aquele que está consigo
Em silêncio
E de o tão bem estar,
Desaparece e só vê e sente o mundo que lhe aparece, nu.

O ser são é aquele
Que se junta à natureza
(Sua suprema-mãe).
Junta-se a esta ode de existência
Que não tem razão
Mas por isso mesmo é tão mais bela e inocente.

Há vida,
O resto pouco ou nada interessa.

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