quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Teu guerreiro,
Minha pétala amada.

Ser Julieta!
Abram chuveiros
E sarjetas,
Sonhos e corações,
A vida caminha sem mim,
É dela mesma, da vida!

Teu ídolo
Minha dor,
És minha e não sou teu!

O amor imenso de o poder não ter!

Certeza que te vejo amanhã,
Todo o meu passado redescoberto
Com flores em todo o canto,
Calçada incluída!

Abram alas que a febre que o amor provoca na vida solitária vai passar!

Santo Agostinho,
Cores berrantes,
Mar aceso em brilhantes de lua,
Eu, coração feito em silêncio de entrega!

Chega-te a mim, indo ali!

Vulcões e sanções,
Sucessivos e sobrepostas analizações vividas com o corpo,
Desespero físico da mente!

Lua a dentro, te durmo nos lençóis
E és minha e eu não sou teu!

Ter amor e não o ter,
Que liberdade hã?

Serei para ti como um herói partido em desafogo
Abandonado pela conquista!

Ruas acima,
Que me mandem “água vai”
Que dela farei vinho,
Como o jovem Jesus,
E seremos todos primos e irmãos noite dentro.

Lá fora o sono e o cansaço,
Dentro a musica de não os ter!



Cais em mim que nem elefante
E és pardal de estatura,
Com uma racha virginal,
Que me soletra cuidadosamente a existência!

Queimaram-me a coerência!
Mas que se dane!
À frente há novo a ser,
Que ainda não me tenho de não suceder.

Sou trono vazio da minha consciência,
Me dentro só inteligência,
O que eu sou está longe de mim
Em terras que ainda não conheci!

Ai, mas sim,
Tu fábula de tempos vermelhos
Dá-me a mão,
Afinal escrevia para ti
E te logo roubei protagonismo.
Me desculpe fêmea divinal,
É de ser criança ainda.

Joga-me ao ar como filho teu
E daí te nascerei Homem
Com pila como bengala!

Fala-me de ti…
Oh, já me esqueci,
És minha e não sou teu.

Trá-lá-lá-lá-lá
Abram portas e sarjetas,
Tendões e silhuetas,
Que estou vivo e assim me quero!
Arre!

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