quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A única razão
Com que eu descubro
Com facilidade aparente a verdade,
Que não existe,
Da existência
É porque o que eu
Desejaria efectivamente
Era estar a viver.

Desprezo isto de pensar
E saber escrever.

Antes me seria mais difícil pedir um café
Que explicar a razão do homem
Ter de crer numa qualquer religião.

Difícil para mim é resignar-me
Ao espaço envolvente,
Á vida e ás pessoas
Que me rodeiam,
Isso sim para mim é difícil.

A incomunhão com que
Nos socializamos
É-me inverosímil!

Não compreendo
Esta conversa prática
E metódica sobre o nada que não somos
Que estamos a ser.

Desprezo qualquer inteligência,
Queria antes ser cão ou tartaruga,
Melhor cão, sim, só teria de agradar o meu dono para ser feliz.

Sem comentários: