quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Elaborada singela produção,
Inaugura espectáculo noite dentro,
Queria uma tão tamanha,
Que logo tropeçou na gente que não veio para ser espectador…

Engana-se o destino com o acto de cobardia
De se pensar em si para fazer para os outros.

Banca-rota, não mais espectáculo
E as incessantes ideias engolem-no a mente
Enquanto os empréstimos se encarregam do corpo.

Vazio de vagabundo.
Grande promissor industrial da cultura e arte,
Pede cigarros e esmola
No cruzamento da rua doutor João Pires com a rua Adelaide Reis.

Coitado, quem o vê não sabe
Mas ali jaz um homem
Que de futuro morreu presente
E a sua aura,
Antes abrangente,
Hoje se queda como que inexistente.

A lei dos homens como toda a lei
É cruel a quem não a ela se submete.

O artista morre prematuro
Se verga as linhas do destino.

Sem comentários: