quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quem demais precisa
Que uma bela rapariga
E o espaço e tempo
Para a apreciar?

Não me findo nela,
Nesta minha escrita, não.
Ela é só a base de toda e qualquer criação.

Já que a criação é feminina,
Existe deveras um acto de fecundação
Invés de físico, mental
E invés de duas pessoas
Apenas uma usa, invocando a outra
No acto de inspiração.

É deusa estou certo
E não Deus quem me faz criar
E fingindo-me eu
De Deus por trémulos instantes
Formamos um belo casal silencioso
Que ao namorar inventa arte.

Não nos possuímos,
Encontramo-nos,
Somos, enfim, espaçosos amantes.

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