quarta-feira, 13 de outubro de 2010

E existo criado,
Não por mim mas por algo,
Que me faz momentâneos
Golpes de estado.

Existo esquecido do que fui e era
E lembrado sempre
De que me sirvo
Acima de tudo.
(mas) não a mim,
Sim, a um algo.

Ao ler o que escrevi,
Quando ainda vivia,
Aprecio a inocência
De se exprimir
O que se vai vivendo…

Hoje não vivo
Mas penso,
Analiso, e quem sabe
Invento vida.

Pois de ler o que escrevi,
Comparando com o que escrevo,
Antes escrevia vida
Hoje pensamento.

Sou, enfim,
Criador de mim,
Não de arte mas de, sim, existência.

Sem comentários: