quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O que admiro em Fernando Pessoa,
E superiores semelhantes,
É a entrega desprovida de armas ou conclusões
Com que se lançam ao escuro do inconsciente,
Para o real da irrealidade além corpo ou espaço...
Sem armas, sem protagonismo,
Se lançam ao universo seguros de irem, de bem,
Por não carregarem “pesos”,
Que de outra forma ameaçariam o “incógnito”.

Vão sós, vão vazios,
Entregues ao desconhecido,
Com o seguro amor à curiosidade.

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