quinta-feira, 22 de julho de 2010

De equinócio maravilha o furo se alargou
Deixou água entrar e apagou fogo.

Logo de seguida se o tentou acordar
Mas de húmido estar havia-se ter de esperar.

Anos passou e não o havia em calor nem em luz
Escuro e frio percorria o labirinto
Com o tacto e o ouvido.

Houve então um dia em que o sol palpitou
As faces do horizonte
E olhou para a gente faminta e se deleitou
Em as oferecer sua majestade.

Depressa se evaporou o que restou
De água fria
E se recriou o fogo
Com um bocado de fantasia.

Festa nessa noite, cabrito assado
E vinho a acompanhar
A digna lua que não tardava a chegar.

A noite quente de terra a respirar
Esperou ansiosa pelo sol
Para que não cessasse
O extase novo do quente ar.

Lá de manhã já os havia ao milhar
Belos pequenos grandes
Pássaros que celebravam seu chilrear.

Adensa-se a maresia
E a dança na gente continuava sem parar
Não seria noite de dormir
Mas antes de festejar.

Vieram visitantes do longe esconderijo
Para acompanhar
Os cantos imensos que se faziam
Sentir sem cessar.

Tudo isto fez o sol manifestar,
Tudo isto pôde ele proporcionar.

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