quinta-feira, 22 de julho de 2010

De tocada pela lua não tens muito,
Pelo céu talvez
Mas no sol aí te elaboras
Como deusa da minha existência onírica.

Céu, nuvens, mar, areia,
Precipício e vegetação
Tudo isto a escrever
Com um cigarro na mão esquerda
Caneta na direita e
Uma cervejinha à espreita.

Não me estás longe,
Talvez longe no material
Mas em mim existes
Por completo todo o dia
A toda a hora.

Perdi-me ao te conhecer
E evaporaste-te em 2 adeus.
Que é de mim?

Fico aqui que nem cão abandonado
Que nem triste frustrado
De não ter agarrado
Quem me agarrou a mente.

Lanças feridas já sem bico no fim,
Não penetram, só magoam
Quem assisti e quase abracei
Depois de ti.

Aprendi a viver sem estar aqui
E nisso me tornei surpreendente e invulgar.

Carente inércia que me presta a reconhecer
Que daí não me consegui levantar e recomeçar
Que por aí fiquei sem forças a rastejar.

Mas continuo minha raça
Mesmo sem ti.
Tem de haver um fim
E eu quero vê-lo assim
Mesmo que sem ti.

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