sábado, 24 de julho de 2010

Eu meu lugar: mundo.
Assisto a tudo ileso profundo sorrindo ao cansaço,
Ando mais um pouco que me vem o dia.
A noite de mim persegue e eu fico fugindo dela
Sonhando o dia o mais que possa nesta pequena mente que me anuncia.
Se desespero me resigno, hoje de mim não fujo,
Não há nada a fugir,
Tenho em mim o mundo e dele me quero aqui.

Raio de sol me é absurdo, tento a luz da lua
E logo me acho imenso, conheço os espaços e reentrâncias
São meus e neles me sento como uma maçã
E vejo o espaço que não é muito.
Inalo o fumo da tristeza e expiro sonho,
Sou delicado no meu orgulho e nele sou sereno.
Preciso do ódio, preciso do amor,
Preciso ver o que não quero para saber o que sou.
Alistam-se ao longe os batalhões da conquista
Eu fico a olhar no canto escrevendo
Não por onde eles marcham mas por onde marcharam.
Assisto a tudo e me fico seguindo os passos, relatando,
Um amanha incerto que virá surpreso
Mas doce de apresso que de manhã eu chego.

Alisto-me, eu, na minha vida.
Camisa aos ombros sou eu e todo o meu mundo.

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