quinta-feira, 22 de julho de 2010

Piso morte e ando á deriva, procuro o que já não alcanço e alcanço o podre que nunca julguei-me pertencer.
Nunca berrei indignado com o que se ía pois estava sempre vidrado no sol que se seguiria. Sedento do novo caiu-me noite em cima e aí virei costas á noite e olhei a minha caminhada, caminhando agora para trás indo para a frente vislumbro o passado e esqueço a noite que se me virasse vislumbraria. Quem passa olha e eu sorrio cheio de vergonha pois sei que vou caminhando de costas para a noite mas na mesma para ela contemplando as pegadas antigas da minha pessoa quando esta ainda caminhava com os olhos a olhar para onde se propõe a andar.

Continuo caminho mas de costas sem ver jamais por onde passo, sem vislumbrar onde piso, poderia até por momentos me virar e por acaso ver o tanto esperado sol mas tenho medo pois já me virei muito no principio quando já caminhava de costas e sempre via escuro.

Busco agora as pegadas do passado vendo se encontro algo que me faça de novo capaz de resolver o meu presente que não confronto com os olhos.

Quando uma pessoa caminha para onde os olhos vêem sabe onde pisar e quando caga a merda fica para trás, agora se caminha de costas sem ver onde pisa concerteza tropeça mais e principalmente quando caga pisa sempre sua própria merda.

Não dá jeito andar para onde os olhos não vêem.

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