sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sou assíduo até prolífico
Do meu estado,
Da minha procura.

Deixo-me encontrá-la.
Quando a sonho num dia
Sei de mim que mais
Tarde naturalmente minha mão
Alcançará o que antes somente tocou com o pensamento.

Fica assim um espaço de tempo
Em que cesso o pensamento
E o alcanço fisicamente.

Sei de mim o suficiente agora
Para me julgar capaz,
Inevitávelmente capaz, de alcançar o que sonho.
Pois abdico de tudo para que
Em mim se instalem as forças incógnitas
Do que eu sonhei.

Voo com o tempo
E ele me leva onde tem de levar,
Assim na encruzilhada
De terra e mar
Encontro o que não procurava
Mas desejava alcançar.

No silêncio do cais
Havisto uma caravela imensa
Que se adensa com o mar,
Seu caminho.

Sonho ser um nada
Para que esse incógnito
Nada me leve a tudo
O que tenho a saber
E por consequente ser.

Portanto neste vem e vai
De angústia humana
Construo meu sonho individual de alma
Despejada do físico
Tocando no universal.

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