sábado, 24 de julho de 2010

Destas cansadas poeiras
Ocorre o desejo faminto e sem folgo
De apontar em frente e desejar
Uma vez mais o ainda não visto.

Soletrar letras que não se conhecem,
Sorrir ao ver um novo costume,
Mastigar uma nova textura
E agradecer silenciosamente
Ao vento
A graça de poder ver e sentir tudo "isto" novamente.


Silencio vem aí o hábito,
Silêncio o tempo passa
E fica tudo e só vai
Quem nos queria.
Silêncio a morte começa
A nascer aos poucos dentro de nós.

Filhos façam as malas
Há que viajar,
Há que torcer estômago e intestinos
E comer pouco
Para se estar leve, há que ir.

Logo se salta a porta massiva,
O vento louco atiça.
Ai que vamos logo na primeira carruagem
Ela há-de estar vazia, manhã fora
Ela de sábado estará vazia.

Santo dia da partida,
Já tudo se forma não é a luz nem o calor
É sim o espaço imenso que é acolhedor.

Vida a 360 graus ai que a vida é tudo isto
E estamos nós nela sentindo.

Aldeia e mais aldeia
Sentados nas cadeiras os velhos sábios
Que já podem ficar
Havistam quem se vai com uma mão
Ao cimo desejando boa viagem,
Boa vida.

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