sábado, 24 de julho de 2010

Já ontem cá estava
Aqui uma densa camada de névoa
Que traduzindo diria: falta de esperança.

Uma triste aura que paira sem dono
Que nasce do colectivo
E perde a responsabilidade.

Sinto-a está aí:
Há mais intervalos de silêncio,
Mais gente só,
Até o pássaro pia baixinho
Sem qualquer vontade, quase só como obrigação da sua natureza.

Esta tudo tímido,
Schhh fala baixinho
Não perturbes quem te oprime
Deixa andar que isto há de passar.

Mas ficando nós neste pé atrás atroz
A conversa se perde e as esplanadas vazias
Bem se sabe que não trazem
Qualquer alegria.

Mas fica-se e vai-se
Passando mas ficando
Já que há de tomar conta da ausência
Não vá ela fugir
E mostrar sua essência.

Há que ficar,
Há que dizer coisas,
Beber uma outra cerveja
Falar de ontem e de amanhã
Mas nunca de hoje esse não existe.

Que estranha forma de vida.

Sem comentários: