terça-feira, 2 de agosto de 2011

De madrugada apresso-me a te vir ao encontro. Não estás, aguardo 10, 20 minutos e chegas atrapalhada e desassossegada. Falamo-nos afectuosos e entramos, o cinema já nos espera. Lá dentro a tua dança começa cedo dentro de mim e a noite da sala faz cintilar meu sangue em quente calor que só te quer agarrar. E é um bom filme mas tu és melhor! Falamos um pouco, nos tocamos mais e vais com a mão a sítios que me dizem “basta, temos que ir para um quarto, que isto aqui não!” Logo te chamo à atenção a minha conclusão e tu me lanças um daqueles sorrisos segredo que te trazem nua e aberta ao meu pensamento. Portanto, fora do cinema, ainda na rua, minha ou tua casa te pergunto. Dizes-me tu a minha porque a tua tem senão. Lá vamos, já a correr, loucos de prazer, que o acto da concepção, embora que não conceba, não tem sala nem fila de espera, tem pressa de acontecer. Logo no elevador quase metemos a boca onde alarma o publico, em publico, se houver publico. Abre-se a porta e abro a outra minha porta com aquela desorganização própria da paixão. Entramos e ninguém, nem um só barulho. Sozinhos nos comemos sem fim, por fim, desejando que toda a vida fosse assim, nós dois espalhados soltos e perdidos em sentimento e emoção feitos físicos do carnal sexual.

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