terça-feira, 2 de agosto de 2011

Por vezes em vestes de promessa crescida
Eu volto à criança que sorri pateta
O cão que passa,
O sonho que fica.

Ao lado da porta do fim da rua
Uma árvore amena
Que não conhecia.

Regressado a memórias
Que esqueci,
Folgo em saber que foram minhas
Mas em tempos de longe
Do que já (ainda) vivi.

Sangra a bandeira do país.
Seu dono enlameado em “coisas de agora”
Que o ecrã diz.

O agora é pouco interessante
Quando é o ontem que se descobre
Com o tempo de hoje.

O presente sente-se hoje,
Sabe-se amanhã
(mas só se se quiser).

Não me recordo de gentilezas
Que não sinto…

Faço o que digo cá dentro
E a realidade e o tempo
Que se acanhem.

Todos temos um só tempo,
Daí não haver sincera sintonia
Fora do amor que aliena.

O bom é estar sozinho mas contigo.
Não partilhar até o sentir brotar de dentro.

Fazer do conjunto um monumento,
Diverso e complexo.
Não uma manada de corpos
Mas uma debandada de sonhos.

Não acredito em ti
Mas acredito em mim,
Daí acreditar em todos nós.

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