terça-feira, 2 de agosto de 2011

Quero tudo.
Nem muito
Nem pouco
Tudo.
Tudo sim.
Tudo é bom se se deseja o todo de tudo.

Se cai mal
Largar ali ao lado
Que a outro pode
Ser a solução.

Bocejar alto para fazer rir
A criança que é ela ali velha.

Tratar o António pelo nome,
A Maria por Maria.

Fazer toques de bola
Com os afectos que me afectam.

Falar bem e cuidado aos amigos
E falar mais que mal
Aos velhos descrentes que nos fizeram.

Saltar a vedação da nuvem alta
E olhar o céu, em dor de atenção,
Voa-lo em mente pela fé do coração.

Tentacular o individual
Para querer e crer e ter e ser e saber de tudo e todos.
Que tenho pressa de viver
E a morte tem-me inveja
De lhe ser filho legitimo
Mas tão mais amar a vida.

Voa, voa ó alta ave que me possui!

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