terça-feira, 2 de agosto de 2011

Que me tens em figura altiva
De teu sentimento
Como mestre de um qualquer
Mestre oficio de ser “eu”.

Danças em mim
Sim
Por vezes
Mas são só vezes
Dentro do muito de nos aparecermos
Juntos à realidade.

Que te hei de fazer?

Não recordo ao certo
Como ser só português…

Hoje sou diverso,
Não necessariamente complexo.

Averiguo calado por aí
E me tens de seduzir
Com conversas muito tuas
Ou estrangeiras.

E não é arrogância
Pois vou com o vento
E se estou alto
Não é por mim mas por ele.

Deixo-me levar em tão enternecido
Encanto de hoje me bastar
O (tão são bem) estar vivo.

Não nego, nem renego,
Fico.

Mas é um ficar
Que parece estranho
(a quem vê)
Pois só meu corpo aqui é.

Eu sou uma divergência,
Um erro canónico,
Uma inequação que resolvo
Em certa e determinada equação.

Forças da vida
Aliadas ao tempo
Tomaram posse em mim
E já não faço questão
De dizer sim ou não.

Vou, estou sempre a ir
Mas parece que aqui estou.

É complexo também para mim
Daí fazer da minha vida uma ode
De disciplina ao oficio de ser “eu”.

Tempo passa,
Olhos passam,
Eu fico e olho.

Não faço questão
De ir (em corpo)
Que já vou demais quando fico.

Uma horrível auto-suficiência
Que muitas vezes é tão bela…

Sem comentários: