terça-feira, 2 de agosto de 2011

Que de encontro chego atrasado
E compenso em por isso fazer
Toda a minha vida de momento.

Tempo.

Tempo que passa e eu não corro atrás.

Dou largas à entrega
Mas a entrega com rédea sim
Porque o que creio de mim
Sempre mais importante
Que a própria vida
Sei não bem porquê.

Mas sim
Vou contigo e feliz fico.
Estava sozinho e os monstros meus
Ganhavam-me vozes outra vez
E eu resignado a isso,
E tanto de tudo mais,
Fiquei prostrado
Envergonhado de existir
Até te ver
Tarde
Chegar.

Chegaste e me logo alegrei.
Não porque me dás algo
Mas porque tanto recebo
Naturalmente de ti.

És eu de Paris,
És eu!

Talvez daí não te conseguir ajudar à vida,
Sei-te só aconselhá-la.
Mas isso serve pouco
Senão nada
Quando se nem tem uma cama onde dormir…

Sou um mau amigo,
Uma má pessoa meu querido?

Ah, quem sabe, talvez…

Não faço por ser digno a um
Mas ao mundo.

É parvo eu sei
E inseguro também
Mas é o que sou.

Será?

Desculpa-me a indelicadeza
De te ser tão insensível à tua situação.

Mas se queres que te diga
A verdade é que
Como tu és eu
Sou-te tão implacável
Como para comigo.

Não me tolero a fraquezas
Ou incoerências.

Não há razões, há só maneiras de ser.
E eu vou sendo não o que sou
Mas também o que vou vendo.

Distribuo sorrisos, alegrias e amores
E deixo a mim toda a minha devida tristeza.
Que só eu sei dela
E só eu a sei mudar
Para vontade de criar.

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