terça-feira, 2 de agosto de 2011

Por baixo do lençol o segredo
Guardado em tarde de serão imaginada
(como que acompanhada).

Setas altas a passar por ela
Lá em cima
E cá em baixo
A dor de as tão ver assim largadas
Sem ninguém para as deter, possuir.

A largada da noite
Está lá fora quieta e silenciosa.

Ela vai à janela
Ver o dado sitio que a sente
Agora tão infeliz e descrente.

Dentes com fome e lábios de sede
Chegam a conclusões dúbias de realidade
(que não seja estridente).

Vive eternamente
Neste solo infértil
De em tanto crer
E tão pouco ter.

Volta à cama
E toca-se onde há luz.

Sorri e goza por momentos
(só, sozinha).

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