sábado, 10 de agosto de 2013

Encontrando o chão pela encruzilhada de viver na mente
e precisar sempre desse espaço em frente, vazio.
Esperam-me agitações humanas,
coisas a que me não submeto geralmente.
Mas há a vida e ela me quer hoje.
Por nela andar, segredos do pensar,
feitos gestos, sorrisos e abraços.
Mas a perda é essencial,
aquele passado abismal.
Por tempos a tempos o sol me quer astrólogo,
vidente, ser complacente.
Ó mas que raios ao sol!
Deus é a vida e vivê-la é servi-la.
Deusa portanto, non?
Os Deuses são todos e nenhum,
com vários sexos e sorrisos maldosos
que questionam a ordem de ter emoções e sentimentos.
Problemas todos temos e sermo-nos com eles
parece-me hoje uma coisa belíssima.
Pois de nos encontrarmos,
por aí cambaleantes perdidos na vida individual,
e nos falarmos e nos olharmos e nos sorrirmos
(e nos, por momentos, porventura, nos não gostarmos)
compreendemos que além da miséria do egocentrismo
problemático da mente individual temo-nos nos outros também.
Não que possamos viver outra vida além da nossa,
nem é de valor querer que nos levem a uma qualquer saída.
Apenas é bonito, ver e aprender que além de nós há os outros
e cada um dos outros é um e cada um é muitos.
Pode parecer ridículo o que escrevo
E é-o porventura mas gosto disto.

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