segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Presente à catarse do sempre
sendo a mórbida liturgia do começo perdido no passado
a génese de uma vida com sentido.

Enegrecidamente vislumbro templos de um segundo
feitos tempo onde dormir para cansar o a seguir.

E depois, quando todos durmam, contemplar
o fogo em seu olhar e-o desmembrar em realidade a assegurar.

Normal mente a seu igual e no pretérito perfeito
ganhar certeza de que há além mesmo que com desdém.

Nosso, teu, meu, também.

Elegias ao vento e o nosso entre tantos sem lugar,
e a pena de quem lembra ser pedra em lugar de coração.

Há demais ilusão. A certeza nasce de uma nação virtual
que nunca pisa o chão deste corpo - voa alto e sem dono.

Porventura pobre, sem destino, rogando aos céus dia novo.

Feito o tempo pergaminho do sonho e meu lugar tão em vão.

Há o Norte à chegada, o sul à entrada e daí para à frente
será apenas o sempre, o nunca, a certeza do nada viva em mente vazia.

Conversas com quem não tem isto mas tem aquilo que além de mim anseio.

Que ao cair encontro sempre que não caio.
Reencontro o cair como um pousio onde se me relembra O não desistir.

Sempre fiquei, agora eu irei.

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