terça-feira, 13 de novembro de 2012

Da autoria de minha gente eu corro a sintonia dos campos, alegre com o vento eu morro a cada momento, vivo a loucura de me apaixonar pela vida sim! E os castigos do espaço querem-me agarrar, jogar, prender, matar. Mas quem sou eu senão um tocador de viola amador que escreve uns versos e sorri ao pássaro, ouve a gaivota, o mar. Os soluços do tempo entram-me a cada momento por poros que nem eu sei, como se fosse eu ar, ar da vida. Todo furado, alegria! Sou violado pela vida e amo isso! Põe-me maluco, é certo, porque há tanto a viver e tão pouco hoje que colher. Há o espaço da mente. Seguros os sentimentos na amplitude térmica do espírito.  Fui lá fora, joguei com amigos, mulheres e pessoas e voltando aqui, onde meu corpo repousa, fico louco. Quero novamente sair, ver a vida, ver o sol, brincar à harmonia como se fosse ela apenas uma brincadeira. Nasci de ti, nasci do incógnito conhecer que tudo é livre e pouco demais há a saber senão que somos todos filhos de Deus, irmãos então. No despertar de memória resolvida, eu solto como um jacto para a vida. Mas ela há onde não há e o meu ser precisa de efectivo viver. Real, virtual, tempo, espaço, arte ou corpo? Tudo é o mesmo pois é o Ser que vive e a vida é o nada que se expande por mais sectas do ser haver. No remoinho da loucura, sinto que expludo senão me acodem.

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