terça-feira, 20 de novembro de 2012

Viver é raro.

Pisa-se o chão sem querer.

Quando se vive
Não se pisa o chão
Se não se o é também.

Amanhã cai pela manhã
Enquanto a lua,
Dia feito,
Ilumina a noite do sonhador.

Palavras sangradas pelo coração,
O adeus de mão em mão.

Joguei-te ao ar
E onde foste tu parar?


Lembro-me como se ontem...
E ontem foi.

A saia que vestias
Quando descias
Ela subia
E via-te eu as cuequinhas.

Sabia lá
Que mais tarde era lá
Que se escondia a tua derradeira porta.


Fui um outro durante anos
Depois lá te perdi
E em pânico te busquei amiga.

Deixei essa tua bela
E molhada porta
Para outros e te abracei
Como mãe de mim,
Filha de ti,
Como amor e sorri.
Sorri finalmente!

Sem comentários: