terça-feira, 20 de novembro de 2012

É escutar e aguardar
A chamada da vida.

Olha que ela chama
Diz-me uma voz terna
Só por mim ouvida.

É preciso estar atento
Diz outra de mais longe.

Ó meus anjos
E diabinhos
Onde me trouxeram!

Sou uma fada generalizada
Com pila e barba de homem.

Porque me fizeram
Então tão feminino?

Não sei do tempo
Em que pisava o chão...

Então não sei do tempo,
Ponto.

Sei talvez do espaço
Mas não sabendo do tempo
Só os olhos vêem esse espaço
(Onde meu corpo deambula).

Vendo o espaço
Mas não se sabendo do tempo
Ele é como se também não existisse.

A noite é longa
E os pássaros me encantam
Com seus chilrares tão bonitos.

Toca o sino da Igreja
De minha terra.
Adoro ouvi-lo...

Nunca acreditei em nada
Mas sempre acreditei em tudo
E a vida que levo
Não procura nada senão inventar futuro.

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