segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Além que de sombra sou eu
Também sou perdiz de Santa Inácia,
Ilha de São Miguel,
Aurora do tempo vindouro
Encruzilhadas atentas ao nada
Vilas de fantasmas e paraísos de crianças
Febres altas de prazer
Sangue escorrido de mais uma santa
Que o deixou de ser.

Ai, ali á frente meu querido desespero
Aqui conforto que me faz ver de longe
A vida, a morte.

“Corações ao alto,
O nosso coração está em Deus.”
Não está nada, o vosso coração
Está em vós!

Não percebeis
Nada da matéria da vida,
Pois claro,
Ela não vos é exigida,
Não vos é feito bolo alimentar
Para seguirem tipo batido
Tido como para beber
Feito para matar a sede
Quando se tem é fome!

Pobre desgraçada civilização.

Mas vos amo na mesma
Não vos quero mal
Só vos sei enviesados
À própria antena que têm no coração
Que está em vós e não em Deus.

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