segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Desgosto em geral de ser gostado,
É coisa que me obriga a gostar também
E eu não gosto de gostar forçosamente.

Gostar de alguém para mim
É um prazer como que divino,
Porque natural, raia-me momentaneamente
O sol da intuição e me faz sentir
Que gosto dessa pessoa.

O porquê, deixa-o lá estar bem
Guardadinho na caixa dos segredos.
(Que o racional é um pateta
De nariz empinado!)

Adoro gostar de alguém
Porque me faz deixar-me
Por momentos
Prestando atenção a outro que não eu.

Alio o gostar, ao amor, á amizade
E nisto á força vital que faz vida existir.

Como que fenomenal esta coisa
De nos sabermos vivos e livres.

Muita gente não tem tempo ou espaço
Para se saber sozinha no universo;
Fluxo de vida única,
Interceptado por tanta outra.

(Respiro fundo e o que me acontece/aparece?
Sufocação…
Então há que não respirar fundo
E manter a harmonia da desarmonia actual.)

Sem comentários: