segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Enlaçado numa mentira
Espessa está meu presente.

Vivo esquecido de mim
E nisso não me encaro ou desperto
Apenas persisto.

Os fantasmas vêm de todo o lado
E o frio rege-se enganado
Até por mim mesmo.

Que de medo me toldei
Ás trevas que me não largavam
E não me assisti na queda
Antes adiei-a cavando
Mais e mais terra.

Onde fica Deus
Aqui neste mundo em queda?

Tem de o haver,
É certo,
Que eu ainda estranhamente
Acordo e falo a pessoas,
Não as me queridas
Mas as que têm de ser.

Aí meu erro,
Vejo claro agora,
Que do nada de não tentar
Nasce sempre algo,
Porque teima em viver e,
Se não se o é decididamente
Então se é atropeladamente.

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