quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Era um tempo esquisito.
Tu no ar
Eu na terra
A lua era alta
No quase de cheia
Avisava o desuso
Do completo
Que se avizinhava
À (minha) vida em breve.

Corria o boato
Que me havia ido
E tu do céu
Caíste na terra,
Sendo que ela
Já não te conhecia o peso
Foste para dentro dela.

Feita toupeira
Te habituaste a cheirar
E a sentir mais que a olhar
E a ouvir
Então assim descobriste
Um novo teu ser
Que se não isto
Nunca havia havido.


Fui no autocarro das 19horas
E estava como que vazio
Só com um casal de velhos simpáticos.

Olhava as horas,
Pensava passado
E tudo o que imaginava futuro
Sorria, feito prelúdio do presente.

Havia sido um desdentado
Que pouco comia.
Hoje com todos os dentes
Como o que quero
E do que quero posso
Comer tudo!

Sou sortudo, não há duvida,
E tu toupeira…

Sem comentários: