segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os ancestrais fantasmas
De não crer nas pessoas
Tenham elas exacerbado
A vida à perversidade.

Todos têm em mim
A compreensão
E o caminho
À enorme sinceridade.

Que a morte venha e desapareça
Sem deixar rasto
Que a noite teime em persistir
Que a luz de mim continuará
Acesa.

Que eu sou não uma chama
Que se apagará
Mas que continuará
Pela mão dos outros.

Ventos pingados de amargura
Onde jaz o terno presente
Que a mãe deu ao filho?

Escondido no coração do descrente.

Que a vida é dura é princípio
Mas que ela se resolve
Com o persistir
É duvida ao fim certa e esclarecida.

Que o calor que eu busco
É chama acesa
e o que eu desuso é a calma.
Exasperar a incerteza ao limiar da loucura
Para que dela nasça então pureza.

Sofro em carne-viva
Mas onde está senão
O puro que aí!

Entrega-te, que de mal já eles vão!

Que de noite me acordo e de dia
Vou adormecendo,
É esquecido momento
Lembrado em palavras pretas
Em papel branco.

Jovens tristezas…
23 anos e nem um em calma.

Vivo sozinho com minha doce alma
Que de doce se torna rio
E de rio, mar.

Que resistência imensa
Têm meus genes,
Eu tenho fogo
De tão intenso
Fujo de mim!

Venha-me a discórdia, a pobreza
E a incerteza que lhes logo
Pinto de sinceridade
E não há mais mal.

Tou esquecido de meu momento,
Retorno-o agora
Como ele a mim complacente.

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