sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Permaneço
aqui onde tudo tem fim e o começo se demora pois lhe demoro eu a simpatia.

Qual a graça de deixar andar se há portas hoje abertas
no céu de um outro continente, maravilha?

Já nem encantado pois encantei.

Já nem focado porque foquei.

Ser dois corpos é complicado se os destinos são enviesados.

Ter que de mim promessa em breve?
Terá que ser que sim.

Pois de morrer já me sei tanto e imaginar vida outro tanto.

O coração a bater na pele para sair.
Quer entrega sim mas a entrega tem outra vida.

O beijo doce e tudo molhado, sereno mas apaixonado.

Há que ir com calma neste retorno.

Pisar o chão preto com alma para o encantar novamente estrada.

Que medo esse? E que fantasia essa?

Lembrar desgasta embora que enreda presente à caminhada.

É um de novo que terá de ser novo pois
de "isto" já sei tanto que me canso além.

Irrita-me, por vezes, a impossibilidade de dar o que o outro merece de mim
sendo que depois sempre fico por aqui, mais vazio porque não fluo,
não há como fluir aqui.

Emoção, que te tenho na obrigação de te acamar o leito em mim
para que me não queimes e me deites em pranto passivo.

É um ter de andar,
ver beleza em tudo e em todo o lugar
(principalmente no feio).

Oh, mas desconheço mundos e surpresas
trago-me comigo e te levarei lá.

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