domingo, 6 de outubro de 2013

Persistência. Oh sim persistência! Ter que conseguir o conseguido na mente, visto pleno há que o fazer andar por si sim e sim sem mim. Mato o tempo em finanças escassas que o meu som Portugal é pobre, lento, simpático mas decadente se se pensar um pouco mais em frente. Tento de novo, novamente, deixar vir a mim a certeza de céu, esse precipício sem véu que assusta e tanto enlouquece quem de passividade está em guerra com o que nem possível é. Lá está, o possível. Que coisa estranha o possível se me lembro e penso 1001 coisas por segundo, vivendo extasiado a arte de viver e saber disso. É que há os outros e estou decidido a eles, por meio de eu, por meio deles, fazer correr o rio, fazer andar a coisa como a sinto ou me sinto sentir pelo outro que me também acompanha nesta jornada. Tento-me preservar, achar, colher - sorrir sem se ver - e andar com isto, segredo, medo - não sei - mas uma espécie de louco sofrimento de ser feliz sem qualquer sentido aparente, nem qualquer maneira de o dizer ao outro que me olha como louco. É no pormenor, nos pormenores, que vejo e sinto as setas, as direcções. São pequenos movimentos achados que me chamam à atenção. Tudo, literalmente tudo, o resto é confusão. Uma confusão dos diabos é esta vida! Que a solidão já não me guarda. Que o medo é diferente agora, é outro, não o ainda conheço. Saí do labirinto de meu excesso brilhante e sofrido: hábito putrefacto de dissecação da luz brilhante. Não brilha tanto agora mas ando mais. É isso, ando mais. Andar tem os seus benefícios, permite encontrar e revelar caminhos que me não conhecem. Antes os não quereria conhecer mas hoje estou aberto a apresentações alheias. Seja que o dom é estar vivo e não disso se surpreender demais pois pateta é-o para os outros que nisto habituados - e disto já esquecidos. Celebrar a pequena coisa, as pequenas coisas, e olhar o próximo passo como uma chatice, para surpreender em cheio a mente cansada do cansaço. Estou relativamente perdido o que me leva a estar relativamente encontrado, o que não é deveras mau. É só não deixar cair o sopro que respira sem pedir autorização.      

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