terça-feira, 7 de agosto de 2012


A me enlouquecer, breve tempo no eterno da ressaca burocrática, pois aqui, o descanso faz-se a andar de bicicleta. Vejo o mundo passar como se fosse mentira. E verdade que ele é… No entanto, tanta coisa fustiga meu corpo para sair e não lhe encontro saída possível. Quem é o tempo?  Abraçadas à poeira, estão todas as minhas amadas a quem ensinei a estar sós. Reconheço um princípio de fim e tudo que agora é morre a cada deslumbre que lhe lanço. Fosse alguém meu amigo e eu seria outro. Pudesse eu ter amigos e esses me terem por perto enquanto invento precipícios, terramotos e furacões.
A ordem é outra. Que na força desta, essa, consciência tudo morre e vive e chora e sorri a cada momento, instante. Pudesse eu ser calmo e resoluto em corpo, perscrutando a realidade como se dela verdadeiramente fizesse parte. Ai, que morte sombria me acorrenta o espírito e me deturpa o corpo em fera enjaulada. Cada tempo a seu tempo e minha demorada morte será o beijo de deus num qualquer eterno presente do futuro. Amar-me como se fosse eu o dono disto tudo… Que miséria estupenda e deslumbrante!. Basto-me, e canto a glória do meu tão natural encontro comigo e o universo para sempre.

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