sábado, 25 de agosto de 2012


Onde estou? Entretanto fugi, tanto à pergunta como à resposta, encontrando nisto direcção. Fizeram-me mal e depois fi-los bem. A vida não é justa mas eu tento-a ser. Falaremos em breve, fruto proibido do amor? Mentiras pelo chão e não as piso que o segredo é vê-las só. Há qualquer coisa por aqui que me intriga. Não sei se falo, escuto ou actuo mas o sinto, o sinto! Amanhã certeza do fidalgo que caga em pé, rasteja no amor e tropeça na vida. Estou cheio e não me alivio. O fim para mim é sossego, é descanso. Cansado de viver o que não posso, o que não pode ser. Falaremos em breve? Diz a árvore para o comboio. Que é feito da vida? Perdida? Não creio, esquecida, quanto muito. Não sei estar por aqui. Olho, interpreto, sinto – sinto muito – e depois esqueço tudo. Tão habituado ao abandono que dele fiz encontro. É doença mas com ela invento salvação. Dói-me tudo. Dói-me o corpo como se fosse ele a vida. Eu sinto tudo, tudo! E só uma mulher coelhinha me podia oferecer seu corpo para o moldar ao meu.

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