quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Enquanto as flores brotem
Eu brotarei!

Fogo de asas de garganta alta.
O azul do céu
Não é nada
Ao meu violeta florescente!

Congratulo a águia,
Minha amiga,
E santo o dia
Em que parti desconhecido
Rumo ao conhecido desejo meu.

Há trevas por aqui.
Trevas densas que
Apesar de sorrirem
É sempre, ou quase,
Um sorriso pobrinho.

Adiante!

O Além me chama!

Conversas com deus
(Que sou eu dividido)
Viram-me para o cosmos inteiro.

Será que me ouves ó Neptuno?

Plutão, tu, apesar de mais longe,
Sei que me escutas a cada instante o coração.

Afinal, não sou eu escorpião?

Vou queimar as memórias de papel
E inaugurar o presente limpo e imaterial.

Renascer dos frutos incompreendidos
Pois distanciados do antigo meu eu.

Lembram-me “Elas”
O meu desígnio.

Ser mãe de tudo isto
E pai Delas todas!

Tem-se de esticar a vida
Quando ela, escassa,
Se revolta à nossa racional consciência.

A técnica é outra hoje.

Hoje existo-me.  

Sem comentários: