sábado, 25 de agosto de 2012


Há algo errado aqui e assim tenho que o compreender para o poder mudar. Hoje não fujo, não me queixo, nem dramatizo condições ou questões. Aceito-as como elas me caiem e interpreto-as conscientemente para poder perfeitamente saber como as mudar, ou melhor, como me mudar para não as ter de acatar. Acabo por andar com uma certa confiança, ou pelo menos, baixa ansiedade. Tudo me é aceitável porque acontece e tem de acontecer porque já aconteceu. Não há que fugir da vida quando se quer arranjar uma solução para ela, como que universal. Se a morte me vier buscar antes, por minha displicência para com a vida, que assim seja mas até lá vou tentando descobrir, interpretar e sentir isto que me atinge e nos atinge a todos. Como já antes disse, a única coisa de que alguma vez me arrependi foi de não ter ficado com o contacto daquela maravilhosa Lúcia de Madrid. De resto toda a minha vida é de perfeita e directa responsabilidade minha. Assim não me distraio a culpar outros.

A vida não tem nada que se lhe diga, a não ser aprender a a observar para a viver.

Descobri que o meu corpo vai além de todos os seus tormentos com a cerveja.
Assim hoje enveredo sempre pelo além e o que seria sem ele(ou ela) ficou para trás, longe dos pés alados que hoje uso nesta caminhada.

Viver é para mim, hoje em dia, realmente difícil de fazer. Sei e não sei porquê. Mas como não me importo e não me posso importar com isso, continuo e continuo a evoluir porque é esse o caminho de deus – o meu deus. Se não dá para viver, ao menos dá para evoluir o que, diga-se de passagem, não é nada mau. O mundo que o cérebro concebe pode por ele ser escondido. Se esse mundo é enorme, menos espaço haverá para o viver. Qualquer pessoa que continue a evoluir sem estrutura física, real ou social para o fazer está-se a condenar ao anonimato, à solidão e todas essas coisas que invalidam uma vida “feliz”. Mas se a tesão de ser, criar e projectar, o que se é, é tão alta, então nunca existem barreiras físicas que as restrinjam, adiem ou resistam. Deus está na mente e seu potencial de amar, isto é, acreditar. O grande homem ou mulher que o consigam trazer para a realidade, em toda a sua acção, têm em mim um grande apreciador e, por que não, admirador.

Já não procuro fugir da vida, a não ser que sinta que ela ponha em causa improdutiva (a meu ver, claro) a minha. Procuro sim, com total tolerância e liberdade, entender como viver a minha e não “esta” vida. Se a morte me é hoje como que quotidiana a vida parece-me sempre de valor. A única questão é que, tendo em posse a suposta “minha” morte, toda a minha atenção e devoção estão viradas para coisas derradeiramente essenciais como o verdadeiro afecto, o amor e uma real e efectiva causa. Isto me afasta, muito infelizmente para mim, do trabalho, emprego e essa consequente integração social. Se não consigo isso viro vagabundo (mental) deste mundo enquanto rei do meu.          O que afinal me alegra neste meu estado actual é o nível de coerência e persistência que consigo. É muito tentador assim continuar… Mas sei que tudo isto é fictício, simplesmente por ser insustentável. Deixo a intelectualidade para um outro pois eu quero ser deveras um homem da nova era. 

(escritos de seguida daí estarem todos numa mesma mensagem)

Sem comentários: