domingo, 19 de agosto de 2012


Cantando e jogando a surpresa
Como cabra cega
Da certeza de horizonte.

Deixar morrer
Para quando viver,
Viver realmente.

A nossa fraca mente não aguenta
O nosso sonho
E assim se envereda pelo espírito:
Certeza do coração,
Dúvida constante da razão.

Superlativa ambição
Que nasce da completa incapacidade
Para lidar com esta vida.

Corrompo-me aos poucos
Mas me mantenho a criança sã,
De sempre,
Embalada por minha voluntária tristeza.

Tu sorris
E vês por ti passar
Esquecida
A criança de teu sonho,
A caminho da ilha dos espíritos onde,
De tanta vida,
Se guardam todos mortos à actualidade.

Quem sabe dançar o eterno infinito
Acha deveras pequeno dançar o actual.

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